Siga-me
Esqueça essas feridas que marcam a sua pele
Essas cicatrizes tão visíveis que pretendem
Constranger
Siga-me
O ferro quente queima e arde
E eu sei da intolerância e o prazer
Que muitos sentem aos nos ferir
Siga-me
Eu posso ver suas marcas
Contorná-las com dedos
Percorrer cada linha, cada dor
Siga-me
Pois elas nos acompanharão
E eu gostaria de curá-las, mas não posso
Pense nelas como obstáculos no caminho
Siga-me
Eu também tenho os meus espinhos
Ferimentos causados por pedras e estradas
Repletas de ciladas e que não soube contornar
Siga-me, e apenas
Acaricie as minhas cicatrizes como afagarei as suas
Não há e jamais haverá ferro em nossas mãos
Nelas apenas o amor de quem não sucumbiu
Siga-me!
Copirraiti 29Mai2011
Vpeio China©
Poesias, prosas poéticas que falam dos homens, do amor, das suas esperanças e descrenças.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Fórceps
¨
O que escondes atrás destes teus olhos
E na tristeza de um sorriso tão meigo?
Parece-me haver neles tantos apegos nostálgicos
Que sou capaz de pressenti-los donde estou
Todavia, o desconhecido não me faz decifrá-los
O que está ao meu alcance é aquilo que me permites ver
Não há enganos, pois bem sei,
Que apesar dos teus muitos desencantos
Reflete-se tanta vida neste teus olhar que o justo é se ter feliz
Entretanto percebo; o medo escraviza e não ousa revelar-se
Ah! Será que és ilusão? Gostaria de saber aonde e como te tocar
Descobrir a fenda, a lacuna, um ponto de acesso e transgredír-te
Aproveitar-me da loucura e profanar-me no santo em sua cruzada
Exorcizando a fórceps as feridas impolutas dum olhar melancólico
Que me enfeitiçou sem medos ou quaisquer ranços de compaixão
Copirraiti 17Mai2011
Véio China®
O que escondes atrás destes teus olhos
E na tristeza de um sorriso tão meigo?
Parece-me haver neles tantos apegos nostálgicos
Que sou capaz de pressenti-los donde estou
Todavia, o desconhecido não me faz decifrá-los
O que está ao meu alcance é aquilo que me permites ver
Não há enganos, pois bem sei,
Que apesar dos teus muitos desencantos
Reflete-se tanta vida neste teus olhar que o justo é se ter feliz
Entretanto percebo; o medo escraviza e não ousa revelar-se
Ah! Será que és ilusão? Gostaria de saber aonde e como te tocar
Descobrir a fenda, a lacuna, um ponto de acesso e transgredír-te
Aproveitar-me da loucura e profanar-me no santo em sua cruzada
Exorcizando a fórceps as feridas impolutas dum olhar melancólico
Que me enfeitiçou sem medos ou quaisquer ranços de compaixão
Copirraiti 17Mai2011
Véio China®
terça-feira, 17 de maio de 2011
À Deriva
Elemento da natureza
Sou matéria do capricho
Do macho e da fêmea
Numa noite de amor e libido
Água, Fogo Terra e Ar,
Beba, se aqueça, ande e respire
Foi o que me ensinaram sem saber
Se haveria salva-vidas dentro de mim
Do macho e da fêmea
Numa noite de amor e libido
Água, Fogo Terra e Ar,
Beba, se aqueça, ande e respire
Foi o que me ensinaram sem saber
Se haveria salva-vidas dentro de mim
Não! Não há e jamais houve
Fora de mim apenas os mares que singro
Fora de mim apenas os mares que singro
Ondas calmas e bravias que me naufragam
À deriva, seduzindo-me a não submergir
Copirraiti Mai2011
Véio China©
Véio China©
segunda-feira, 2 de maio de 2011
A mentira dos cortesões
Você, língua de fogo, lábios carmim
em boca obscena
a murmurar indecências
dessas que me contaminam.
Eu, labareda incandescente
infectado pelo instinto e desejo
daquilo que é prenda e se esconde
sob o seu justo vestido vermelho
Nós, a rudeza dos seres ordinários,
que se perdem em arco-íris insensível,
e que se esvai das cores que avivam o amor.
Nada mais que viajantes insólitos
[nos delírios das rotas que nos são doentes]
Músculos, artérias e o sangue bombeado
pelo esforço e nos beijos sucumbidos
em bocas salivadas de libido, mas que hoje,
lamentam aquilo que se supôs legado
[a paixão que jamais deveria fenecer]
Enfim, somos o que se repudia, mentiras,
passageiros ensandecidos e vulgares
a viver de um passado que nos devora
quando nos vê extenuados e possuídos
[E o pior, nos chamando de “meu amor”]
Copirraiti 01Mai2011
Véio China®
em boca obscena
a murmurar indecências
dessas que me contaminam.
Eu, labareda incandescente
infectado pelo instinto e desejo
daquilo que é prenda e se esconde
sob o seu justo vestido vermelho
Nós, a rudeza dos seres ordinários,
que se perdem em arco-íris insensível,
e que se esvai das cores que avivam o amor.
Nada mais que viajantes insólitos
[nos delírios das rotas que nos são doentes]
Músculos, artérias e o sangue bombeado
pelo esforço e nos beijos sucumbidos
em bocas salivadas de libido, mas que hoje,
lamentam aquilo que se supôs legado
[a paixão que jamais deveria fenecer]
Enfim, somos o que se repudia, mentiras,
passageiros ensandecidos e vulgares
a viver de um passado que nos devora
quando nos vê extenuados e possuídos
[E o pior, nos chamando de “meu amor”]
Copirraiti 01Mai2011
Véio China®
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