quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ao pé da serra

É amor
E é tão forte
Que sobreviveu aos meus tolos desenganos
Ludibriando raposas astutas
E o insano gargalho de noturnas hienas

É amor
Um amor tão pujante e puro
Que penso, só desistará de mim ou de você
Quando em um de nós não mais houver o sopro

É amor, definitivamente é amor
Um amor tão límpido, tão lindo
Que peço-lhe, se a ordem cronológica vingar
Guarde-me em pequena caixa de madeira de Lei

Pois há em nós o sentimento perfeito
Que  unirá e nos tornará apenas pó
Negras cinzas que num melancolico lamento
Serão levadas pelos sabores do vento

E quando a magia do momento chegar
A poeira lançada afagará a singeleza verde
Um brinde à cumplicidade fértil do solo mineiro
Ante o olhar complacente da Serra do Paraíso

Eduardo Pavani
11/05/2012

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