Poesias, prosas poéticas que falam dos homens, do amor, das suas esperanças e descrenças.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Pilares de Maio
Não são teus esses meus olhos
Nem esta boca, pernas e braços
Serei mais preciso
Nem mesmo meus pensamentos
Tão confusos e incertos
São teus ou do teu conhecimento
O que pode de haver especial em mim
Se no espelho fui passado
E hoje me atraco no presente
Que não me faz covarde ou valente
Pois o término é no fim do muro
E ao futuro é que a vida pertence
Portanto não olhas o que vejo
Não carregas o peso
a que me atrevo
Nem segues as rotas das pernas que não falam
Pois caminharam estreitos, imprecisos, escusos
Feitos de atalhos zombados às gargalhadas
Assim nada há de especial em mim
Talvez te excites a forma inconsistente do meu ser
Este meu levar a vida vislumbrando nada, supondo tudo
Algo parecido ao receituário inexato e de prazo vencido
A medicar sanidades que me insuflam e afrontam
E dobram-me nos joelhos, mas que jamais me carregam
Talvez eu seja apenas essas tolas bobagens
Ou o acaso daquilo que é frágil me imaginar:
Um sobrevivente sem a menor compaixão
Desses que não sabem se há o sofrer nos amores
Ou sequer se há cores nos olhos da paixão
Por fim; A irritadiça inércia em solo vadio
Pois bem...
Pensem o que quiserem
Isso pouco ou quase nada se me dá
Pois debaixo de minha pele curtida
A vida mecaniza sentimentos selados
Contudo há tons de esperança no sujeito que estou
E outras cores haverão além dos alvos fios da barba
Enfim...
Sinto-me um cara apaixonado que planeja ser feliz
Reavendo do tempo o tempo que o tempo levou
Pois meus pilares de Maio estão mais fortes que nunca
E são como as águias forjadas no mais puro aço
Que não se sustentam em sonhos sem poesias
Ou nos poetas que planam sem quaisquer fantasias
Eduardo Pavani 11/05/2012
Para alguém...
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Caracoissss,!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Chorei por mim!
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