terça-feira, 30 de outubro de 2012

A ferro e fogo




Vou falar das linhas que não mais se deitam
E da poesia abandonada e da falta que sinto
Vou falar da vozes que agora não sentenciam
Do olhar vago que não vive para  contemplar

Descolorimo-nos nas trincheiras, soldados sobre minas
Um navio de medos zarpando, deixando à beira do cais
A tristeza do homem, o aceno de mão, embargo da voz
Ao olhar a nau que desafiará um mar inaudível aos ais

Portanto fostes a  fantasia, ilusão daquilo que foi sonho
Um mar que arrebentou lá fora e levou a nau e a paixão
Deixando quimeras e prantos soluçando ilusões no sujeito
Que não mais sonhará ,pois viverá apenas para fantasias...
....
Ah, é cruel a imaginação que nesta hora  me toca 
Ao reinventar o enigma dos teus castos sorrisos
E um tênue olhar nostálgico que encanta as rosas;
Flores nos tons do sangue que florescem no jardim

E estou acordado, louco fantasma a imaginar os sorrisos das pétalas
E há sol e ele parece feliz ao acariciar um  beija-flor que bate as asas
Que reverenciam a ação dos ventos, e se locupletam nas paisagens
Colorindo-se nas matizes, vestindo nuvens, tingindo de cores o céu

E nele o azul mais exuberante que vi 
Um tom onde os olhos se acalmam
Desses que não ousamos em sonhos
Pois realizam somente na imaginação

Copirraiti30Out2012
Véio China©




Copirraiti30Out2012
Véio China©

Nenhum comentário:

Postar um comentário