quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Aos pedaços

Preciso repartir-me que nem elos
Engrenagens de aço na corrente
Articulando à direita, à esquerda
Fazendo parte do encaixe perfeito

É preciso doar-me, ser gomo
De laranja, da fruta do conde
Ser degustado nos paladares
Que me consumam vísceras

Essencial é ser a fera em natureza
Leão, tigre, no negrura da pantera
A ocultar-se em evidentes fatores
Que rujam cantigas da possessão

Crucial me é voltar à vida dos velhos sentimentos
À tensa ansiedade e aos suores na palma da mão
Que um dia me fizeram acreditar que houve amor
Naqueles olhos que sorriam ante inequívoca paixão

Copirraiti26Jan2014
Véio China©.

Um comentário:

  1. Embora mutante...como são teus escritos e nossas almas. Certamente um poema que leva a reflexão das coisas que de verdade nos aquecem por dentro. Muito bonito poeta. Bravo pela coragem de pausar as ondas sempre tão atrativas, e olhar a direção do real vento...Beijos meus e aplausos sempre.

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