quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Aos pedaços

Preciso repartir-me que nem elos
Engrenagens de aço na corrente
Articulando à direita, à esquerda
Fazendo parte do encaixe perfeito

É preciso doar-me, ser gomo
De laranja, da fruta do conde
Ser degustado nos paladares
Que me consumam vísceras

Essencial é ser a fera em natureza
Leão, tigre, no negrura da pantera
A ocultar-se em evidentes fatores
Que rujam cantigas da possessão

Crucial me é voltar à vida dos velhos sentimentos
À tensa ansiedade e aos suores na palma da mão
Que um dia me fizeram acreditar que houve amor
Naqueles olhos que sorriam ante inequívoca paixão

Copirraiti26Jan2014
Véio China©.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Esencia


Com quais os olhos
Queres que te decifre?
Desejas expor-me o olhar do começo
Inflamando ternura, bradando amores
Ou aquele que viceja as tempestades
Trovejando libido ou ardendo paixão?

Afinal, quais são teus olhos agora?
Eles estão arrefecidos no espírito?
Penso - Talvez tenhas te dobrado ao tempo
Como ciclos amainados em brisas de verão
Fatos que beatos em castas razões clamam
Por credos santos num tribunal de redenção

Digas...
Eu aguardo
Não me toca a  pressa!

..............

Então...
Calas, nada dizes?
Pois que diga eu!

Não, não és e jamais serás santa
Pois o olhar que por ora me fita
É o dos olhos que de ti conheço
E há tempestades, raios e trovão
A fome necessária ao teu instinto
Entocado esturrando devassidão

Mas...Não, não abdiques do teu olhar
E mesmo que tentes ser um camaleão
Assim como o foi ao início e será no fim
Entendo ser presa e por ti serei vitimado
Pois não há as asas da paz em teu olhar
Pero, sólo los ojos de las tantas onzas

Copirraiti14Jan2014
Véio China©

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

ENIGMA

É NA COR DO
TEMPO

QUE ME DECIFRA O
VENTO

E ELE ESCORRE
DENSO

AO ME ESVAECER
LENTO.

LENTO..
LENTO...

Copirraiti06Jan2014
Véio China©